Dico e Roni podem determinar a batalha final

 


O eleitor buritisense pode esperar uma campanha mais hostil a partir do início de novembro, quando se inicia a fase final da corrida eleitoral. A profecia falha, mas não falta. O clima leve e descontraído com que  os coordenadores conduziram as estratégias de campanha de seus candidatos, pisando em ovos quando se tratava de ataques diretos aos concorrentes, deverá ser substituído por uma operação mais agressiva e contundente nestes últimos dias. Tempestade se vislumbra. Mesmo porque essa aparente amistosidade pode não passar de uma maquiagem que serviu até agora para cobrir a face asquerosa da velha politicagem que assombra. 

Dico e Roni devem se preparar para suportarem o grosso do fogo cerrado das artilharias e terem boas baterias para darem uma resposta satisfatória, assim pouparem baixas em suas fileiras. Será defesa e ataque. Além de estarem na mira um do outro, deverão fortalecer os flancos para a investida da direita que já demonstrou táticas esquerdistas de combate no campo político. Aliás, embora os agentes sejam diferentes, as táticas das disputas políticas são sempre as mesmas tendo como principal característica minar as qualidades do adversário, apesar de que muitos adversários pouca coisa tem que lhes abone.

Aparentemente, sustentando posições secundárias no embate pelo Alviverde, para os candidatos da direita Helthon e Evanildo seria interessante trazerem Dico e Roni para o púlpito do debate público das propostas de gestão de cada um, haja vista que nesse confronto teriam uma possível  oportunidade para abrir uma brecha no engessado bloco eleitoral construído pela popularidade e atuação junto às comunidades  de Roni Irmãozinho e Dico Ferreira. Esse bloco se segmentou nesses dois nomes e os adversários têm conseguido pouco ou nada para modificarem esse espectro. Porém, tanto Dico quanto Roni, não podem ignorar infiltrações do Patriota em suas fileiras e que tem causado desconforto entre alguns de seus alistados.

Todavia, percebe-se que, no momento, os candidatos que aparecem no topo do ranking de intenções de voto dos buritisenses não têm demonstrado esse interesse de um confronto direto no campo das ideias com seus oponentes. Tanto o PDT quanto o SD sabem que a prioridade de defesa e ataque é um no outro e pretendem canalizar seus esforços nisso. Roni conhece bem quem está do lado de lá, já estiveram juntos tempos atrás, no mesmo barco; da mesma maneira que os de lá também o conhecem. Portanto, cautela estratégica. Já Dico, como alguém disse dias atrás, seu principal inimigo pode ser ele mesmo se entrar em uma dissertação longa e engendrada dos discursos replicativos, já que ele parece ser mais prático que teórico. Então, o melhor para ambos é, nesse momento, não alimentar mais ainda artilharia inimiga, fornecendo-lhes munição, já que o mais previsível é um tirar do outro e nesse panorama. Ainda que o nome de Evanildo tenha estendido seu alcance eleitoral para além da órbita de seu conjunto partidário, se considerarmos as discussões às mesas de bares, reuniões de família ou ao bate-papo de vizinhos no final de tarde, presumir-se-á que a grande batalha final, por ora, está entre o candidato do PDT e SD.

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