Balaio Buritisense

Comecemos a coisa da terra de Maria Antonieta. Um francês, amigo distante do Colaborador Secreto, chamado Abraham Poincheval resolveu se fossilizar e passar uma semana dentro de um “sarcófago” na pedra de doze toneladas. Ele se fossilizaria mesmo é se ficasse um cadinho só de baixo da pedra. Bixim esperto, nem, escapando da folia do carnaval.  Dentro da pedra, o homem dos flu-flus e patês vai beber, comer e dormir. O número UM e o número DOIS também serão feitos ali mesmo, sem escoamento. É pra fossilizar tudo. Coitada, essa pedra deve ter sido a que jogaram na cruz, pra entrar numa enrascada dessa. No entanto, para que Abraham não se fossilize de verdade, uma equipe médica estará de prontidão com uma tonelada de dinamite para intervir, caso a brincadeira fique sério. Tudo isso em Paris. Enquanto isso em Buritis, o dep. federal Lúcio Mosquini fez uma visita onde se acercou dos políticos da redondeza e da imprensa para reafirmar o cumprimento de umas promessas aí e abrir mais u

O teste seletivo mais concorrido e comentado de Buritis está com os dias contados.  Esse teste que, na verdade, é um concurso para contratar servidores emergenciais de emergência a fim de suprirem as vagas no serviço público de Buritis, tem sofrido todos os tipos de intervenções e invenções que vão desde um simples recurso à mesa até embargos infringentes, com amarração na terceira alma áurea. Para se obter uma vaga é necessário provar que você tem mais títulos e referências que o concorrente e, dessa forma, vão se classificando os sortudos.  Porém o que se leu, viu e ouviu foram os mais estranhos depoimentos de pessoas que se inscreveram. Desde papeladas abduzidas à extinção da espécie avatar no reino da água. Alguns entraram com recursos contra a classificação e ganharam, mas não mudou nada do tudo. Outros, desesperados, mas esperançosos, estão recorrendo ao santo das causas impossíveis, já que não conseguem ver uma luz no fim do túnel onde o trem das onze não passa. A Rove

Img do Whatsapp Noite chuvosa divide o buritisense quanto ao sono. Alguns dormirão sossegados, embalados pelo plim-plim no telhado. Outros, porém,  que moram nas regiões plana de Buritis ou próximo à baixada do  São Domingos, a preocupação com os alagamentos pode causar-lhes pesadelos. Img do Whatsapp O sistema de escoamento pluvial na cidade é confuso e ineficiente, além de ser prejudicado pelo lixo que as pessoas jogam na rua sem o menor pudor. Portanto, toda pancada de chuva, por mais passageira que seja, acarretará sempre estes incômodos na cidade. Img do Whatsapp Mais triste ainda é saber que a situação só tende a piorar com os serviços de pavimentação nos altos da cidade sem a devida adaptação competente para absorção da água das chuvas e do lixo que o povão lança nas vias. Cadê os políticos que gostam de fazer pose para fotos... Tá na hora!  O jeito é torcer pra não chover, cidadãos da baixada!

 Está tudo prontinho. O vice-diretor já deu um grau no visual das salas e passou a limpo o quintal. Os professores já fizeram seus planejamentos no caderno da corujinha (nossa gratidão às professoras que fizeram a arte) e todos estão animados, só aguardando o pontapé inicial. A diretora garantiu que nem o fim do mundo marcado para ontem iria atrapalhar essa animação pra segunda-feira. Dito e feito. Fim de mundo passou que ninguém viu. Fé no Pai que o resto vai! Um salve para meus companheiros de lida: Edjalma- “o faz tudo”; Alexandro – o sensei;  Sidnei, “o Leornardo da Vinci buritisense”- Waldir, o Fazendeiro; Elias José, tem nome de locutor, mas é professor; José Camilo, “o pacífico”; Francislei, “o fera dos computadores”; Jorge Natalino, “o da mochila”. A s professoras... bem, não é bom falar sobre as professoras porque se uma delas não gostar do salve, a briga é com todo o time feminino da Josué.  Sendo assim nossos cumprimentos à equipe feminina... que risca, rabisca, c

                        Ciente de que amanhã o mundo vai acabar, a Ceron (Centrais Elétricas de Rondônia) saiu em busca de cobrar as contas de energia que estão atrasadas com uma estratégia bastante eficiente para o padrão brasileiro: cortando os débitos pela raiz, ou melhor, pela rede. Muita gente foi pega de surpresa e a correria em busca do acerto de conta foi grande. Porém, há quem diga que esse pente fino nas contas inadimplentes é uma represália ao chororô da população na última segunda-feira, quando a cidade ficou cerca de oito horas sem fornecimento de energia. Alguns garantem que este facão nos consumidores se deve ao fato de haver muita demanda e a concessionária está tendo problemas para supri-la. Todavia, esta hipótese já foi descartada pelo nosso Colaborador Secreto e Bithouwisky, o cão russo de raça~não identificada, pois também é um agente balaieiro secreto. Nosso investigador investigativo já tinha informações suficientes de uma fonte seguramente segura e co

Geladeira só o aguaceiro escorrendo pelo piso da casa. Piazada irritada com o calorzão dos cambal... Tudo abandonado... Os carapanãs num dão um minuto de sossego na vida, só a perturbação... Tá contente agora, tá? Tu que pagas o talão de energia caro pra dendéu para ter o um ventilador mondial num combate aéreo contra os pernilongos insaciáveis... que todo mês manda para a manutenção o aparelho de ar condicionado com problemas por causa da baixa qualidade da energia... A patroa está uma arara por que a televisão queimou, a máquina de lavar "faz-tudo" não faz nada, além de raiva... Tá contente agora, tá? Tudo só escuridão... Cidade só o paradeiro, parecendo povoado largado. Boleto pra pagar e os bancos tudo fora de sistema... Crentaiada já fez preces na escuridão, pedindo a Deus pra mandar a luz... Eita Rovema, sô! Confiou, nem. Manda trazer as velas e as lamparinas. Acendam os lampiões... Metam sal nas carnes e fervam bem o leite. Não adianta chorar, não. Dico

Parece que o negócio de água em Buritis só tem prosperado para o pessoal dos galões azuis, nem Beto. Águas de Buritis que o diga, só que não. A concessionária não tem aqueles galões azuis para engarrafar sua água sugada do caudaloso Candeia e, por isso, está pedindo boia para não se afogar no empreendimento na terra das Pedras-Místicas-do-Círculo-Redondo. Após altos investimentos no estabelecimento de captação, tratamento e distribuição de agá-dois-ó para a população buritisense, a concessionária não tem obtido retorno favorável para a ampliação da rede, ameaçando até mesmo a sustentabilidade de seus projetos na terra da palmeira. Talvez a baixa adesão da população ao consumo de água tratada. A empresa fez de tudo para captar novos clientes. Sorteou televisores e dinheiro (fiquei morrendo de inveja, mas não tinha um dos requisitos para concorrer, pois na minha rua não passou rede), lavou caixas d’ água, reparou encanamentos. E o povo cavando poço e comprando galões de água min

Muita gente tem medo “daquela luz” luminosa que só o iluminado vê, pois pode ser o sinal de que a carreira na longa estrada da vida acaba-se nela. Porém, o vereador mais fotografado das paragens do Candeias e adjacências não tomou conhecimento do brilho ofuscante e nem da voz cavernosa do tipo”Ciço, vem pra luz... Ciiiiiiiço, vem pra luz, menino.” O vereador dos flash fez mais. Abriu uma garrafa de dois litros e pouco e serviu a rapaziada com muito refri sabor laranja. Aquela Luz luminosa das almas ficou num tão-sem-graça-desluminado que preferiu, ela mesma, escafeder-se, toda sentida, e se inscrever  numa mandala de luzes desiludida, porque aqui tem Rovema que é pra mode de nenhuma luz das trevas meter o bedelho. Ciço tem mais retrato batido dos trabalhos que anda acompanhando pelo chão buritisense. Informações forjadas dão conta de que o Google Maps poderá contratar o referido vereador para o mapeamento completo total da cidade com nome de palmeira, haja vista que o

Um encontro com o chefe de gabinete do prefeito, em um salão cabeleireiro no sábado passado, quase despachou para o outro lado da vida um pobre cidadão buritisense. O fato ocorreu da seguinte forma: Por acaso, encontramos o chefe de gabinete do prefeito em um salão cabeleireiro. Os homens também vão ao salão. No salão, enquanto o cabeleireiro ou cabeleireira faz a tosquia, os homens falam de carros, gado, política, futebol e de... mulheres. Alguns falam de homens também e contam histórias de valentia. Pois então, como ia dizendo. Por lá apareceu o Chefe de Gabinete do Prefeito para dar um tapa no visual e falar de novilhas. Homens que compram e vendem gado usam botinas e canivetes. Com o canivete eles capam gatos, cachorros, porcos e cortam outras coisas, tipo assim numa briga, nem. Com as botinas, andam. Ao sair do salão, o Chefe estava confabulando com outro e me abordou, inquirindo: - És tu o dono do Balaio? Pensei: “É hoje que vou para aquela luz”! Imagina você s