Prefeito e vereador discordam sobre phaseolus vulgaris em Buritis


Quem diria que um dia a gente viveria para ver um dia em que a gente veria um povo comovido e dividido pela mágica magia do phaseolus vulgaris. Nunca em meus tempos de piá debruçado sobre um livro de ciências da 6ª série do primeiro grau tentando decorar os nomes da ascaris lumbricoides, do carica papaya, , da musca domesticas, do coffea arabica e do rice com phaseolus vulgaris porque a professora Ivânia iria cobrar na prova essas escrevinhações latinas, não imaginaria eu décadas depois que ele, o phaseolus vulgaris, ganharia tanta expressão a não ser pelo preço. Mas tá aí.
          O homem do feijão foi embora com seu Volks (antigamente tinha o homem do saco, o homem da cobra... É, de fato, os tempos mudaram mesmo) mas deixou a sementinha da discórdia germinando na Terra da Palmeira. Primeiro, foi a discussão do "pode-não-pode" de vender feijão na praça sem autorização, depois veio o debate nas redes sociais sobre a questão que já dura sete dias e sete noites e, pelo jeito, a coisa vai para o TJRO, STF, STJ, OEA, ONU, XTZ, GoT, Star War, Vingadores Ultimato da guerra infinita do mulatinho e carioca... O negócio do feijãozinho pode ir parar no Juízo Final. Bom, enquanto é exibido mais um capítulo da batalha dos phaseolus , os feijões vão se escondendo nos potes de margarina Delícia, sem sal, ou se disfarçando no pote de sorvete.
          A saga dos grãozinhos da dissensão colocou vereador e prefeito em torno da panela. O vereador acha que o povo tem direito de comprar feijãozinho barato a 4 reais o quilo.  O prefeito defende que assim como todos os comerciantes, o vendendor dos maravilhosos grãos deve pagar todas as taxas pertinentes ao comércio. Aí rachou o time em dois: De um lado o vereador e o povão que quer comprar o feijão a 4 reais o quilo; do outro lado, o prefeito, comerciantes e o povão que defende o recolhimento dos tributos do produto e comércio. Sentado no banco da praça a observar o desenrolar dos fatos, o velho do saco, mesmo porque todo velho tem saco, ou pelo menos deveria ter, embora não sirva para muita coisa, dá milho aos pombos imaginários rindo pro sol a pino e vendo um novo caminhão de feijão estacionado lá no posto de combustível, vendendo feijão a quatro reais o quilo.

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