No jantar dos servidores: Encarando a fome com mais fome!

Para driblar a escuridão, Rafaela teve essa brilhante ideia!

Com uma decoração magnífica, um bufê de encher a boca e os olhos de água, com gente entrevistando e dando entrevistas, a festa da noite do dia dos servidores prometia.
Quando chegamos, o lugar já estava lotado. Tínhamos que encontrar um local para nos acomodarmos e nos recolhermos à nossa insignificância. Então, andando pela periferia do ambiente, encontramos uma mesa tristemente solitária em um cantinho escuro, ao relento e... vazia. Rapidamente nos lançamos sobre ela e tomamos posse, já que outros e mais ouros sem-mesa se aproximavam.

 Depois de alojados e declarados donos da mesa, inclusive com título reconhecido pelo cartório dessa comarca, minha esposa foi fazer uma varredura pelo espaço, aquele negócio que a mulherada faz quando ficam vinte quatro horas sem se falar.
 “Amiga, você veio. Você está linda e maravilhosa?”
“Você viu a roupa de fulana? E o cabelo?”
“ Tá sabendo da novidade? Fulano largou fulana, tá com aquela sirigaita da Beltrana!”
“Sério? Aquilo é uma naja! Logo logo o Bombeiro e o SAMU vão ter trabalho para desengastalhar ele dos postes e fios de energia, galho vai crescer com força ali... kkkkkkk!”

Como a primeira coisa a faltar foi cadeiras e mesas, recebemos na nossa umas amigas pra lá de divertidas e alto-astral, acompanhadas de sua prole: Dislaine e Claudinéia, ambas também professoras. Então foi todo mundo para a mesa do escurinho. Claudinéia só falando em arrumar um canivete (não sei pra quê) e Dislaine querendo colocar os copos da mesa na bolsa como forma de ressarcimento pela falta de mesas e iluminação da periferia. Por falar em bolsa, bolsa de mulher parece coisa de outro mundo, é mágica, é um portal que abre para uma dimensão paralela do infinito e do além, pois a mulherada pode tirar o que quiser dali... e quando a bolsa estoura, nasce um filho.
Bem, eu de olho naquelas bancas saindo fogo debaixo de umas panelas. “Tomara que eles coloquem uns caldeirões com carne, umas bacias com saladas e caçarolas com o tal do arroz e farofa, por que aquelas panelinhas ali não vão dar conta do serviço, não.” – pensei lá no cantinho escuro dos pensamentos da minha cabeça. Porque o povão gosta de comer sem medida, sem quota... Acostumado comemorar na ASPUMB, comendo e bebendo o dia inteiro, vai se um furacão nessas banquinhas tão singelas.

Enquanto as celebridades davam entrevistas e o delegado fazia uma revista no recinto, foi dada a largada para o bufê. Um cordão humano foi se formando para se servir nas bancas. O cheiro gosotoso da comida inebriando o pessoal que começava a colocar a comida nos pratos e se esqueciam do resto. Só faltou minha mãe lá pra dar o gritão dela:
“Minino, num isquece que tem mais gente pra trás... Deixa mistura prozoutro.”

Gente, nunca vi tanta gente da gente em um evento assim. E olha que era só para os filiados do Sindicato e alguns convidados especiais. Parece que a gente vai brotando do chão e a fila que não avança quando, de repente:
- Gente, a salada acabou!

Tudo bem. Salada ainda passa. E a fila mais devagar que obra do governo. Por fim meus olhos começaram a contemplar as bandejas e panelas na banca, o cheiro deliciosos da comida me entorpecendo quando, de repente:
- Gente, a carne de frango acabou!
Misericórdia, Senhor Jesus. Vamos gente, mais rápido... Comecei a me preocupar. Mas, Graças a Deus, que o pessoal da nossa mesa se alimentou bem e íamos até repetir do deliciosos manjar quando, de repente:
- Gente, a comida acabou!
Tereza enquadrando a chefe do bufê...
Uma coisa é certa:
Se chorei 
Ou se sorri 
O importante 
É que emoções eu vivi!
 Então, mesmo com os imprevistos, nosso obrigado à Diretoria do SINDSEMB por ter se esforçado para nos proporcionar o melhor! Valeu! 

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