Encontro com Chefe de Gabinete quase mata cidadão


Um encontro com o chefe de gabinete do prefeito, em um salão cabeleireiro no sábado passado, quase despachou para o outro lado da vida um pobre cidadão buritisense.
O fato ocorreu da seguinte forma:
Por acaso, encontramos o chefe de gabinete do prefeito em um salão cabeleireiro. Os homens também vão ao salão. No salão, enquanto o cabeleireiro ou cabeleireira faz a tosquia, os homens falam de carros, gado, política, futebol e de... mulheres. Alguns falam de homens também e contam histórias de valentia.
Pois então, como ia dizendo. Por lá apareceu o Chefe de Gabinete do Prefeito para dar um tapa no visual e falar de novilhas. Homens que compram e vendem gado usam botinas e canivetes. Com o canivete eles capam gatos, cachorros, porcos e cortam outras coisas, tipo assim numa briga, nem. Com as botinas, andam.
Ao sair do salão, o Chefe estava confabulando com outro e me abordou, inquirindo:
- És tu o dono do Balaio?
Pensei: “É hoje que vou para aquela luz”! Imagina você sai de um estabelecimento e ali, à beira da rua, tem alguém te esperando com outro elemento não identificado. Devem ter me confundido com algum tipo aí e agora querem acertar as contas.
Dei uma escaneada no perfil de sua senhoria para me certificar de que o mesmo não portava algo que remontasse a canivete, haja vista que ele estava negociando novilhas. Depois, eu tenho alergia crônica a lâminas e agulhas. O pessoal da Saúde sabe a raiva que passam comigo quando tenho que tomar alguma injeção. Apesar de que eu evito essa galera de jaleco branco com cruz ou cobrinha enrolada na taça.
O scanner não apontou arquivo suspeito. Tomei coragem e, seja o que Deus quiser, respondi:
- Si... si... sim, sou eu mesmo, sinhô.
Aí o Chefe de Gabinete estendeu a mão. Fiquei esperando o golpe fatal que me faria partir desta para melhor. Minha visão turvou. Comecei a ouvir os sinos de Beulá tocando e o portão do paraíso se abrindo para receber minha alma.
Como o golpe demorasse me atingir, resolvi firmar as vistas e vi que o Chefe sorria com a mão estendida, me cumprimentando. Criei coragem e retribui a saudação. Aproveitei o embalo e coragem e também cumprimentei o outro não-identificado.
- Gosto de ler o Balaio... e patati e patatá... - disse o Chefe.
- Ufa! Obrigado por não me matar, sinhô! kkkkkk!
Puts... Vai ser assombrado assim na baixa da égua... Arre!

Depois de recobrar o ânimo, dei graças a Deus que eram pessoas de bem. Kkkkk! A gente exagera um pouco, mas não perde o pique!

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