#Partiu lixão...

Eis nos aqui de novo. E nesta semana a balaiada vem da sugestão de um "amigo de fé, meu irmão camarada" que, tal qual muitos outros cidadãos aqui, não se conforma com a sujeira e imundícia na qual nossa Buritis está metida. O assunto lixo. Se tem uma mosca na sua sopa a culpa é do prefeito.
A situação da coleta do lixo parecia ter se normalizado com uma caçamba passando de quinze em quinze dias nas ruas. Engano nosso. Dico veio. Os veículos eram do DER. Resultado quando a turma do DER percebeu a finalidades de suas máquinas foi lá e as recolheu. Agora o trem está feio e fedido. Tem cidadão terceirizando a coleta dos detritos por conta própria, pois já não suporta mais o odor ácido da sujidade refugada. Lixeiras não há mais. O lixo absorveu tudo. 
E pelo jeito não teremos soluções tão cedo para mais esse dilema. O prefeito, não sei se tenho pena e/ou dó. Na verdade, nenhuma das duas. Ele está bem tranquilo recebendo o salarinho dele. Mas uma coisa é certa: com essa gestão inerte ele enterrou a própria carreira política, se é que tinha alguma. 

A dona e o lixo
Sábado passado repassado de manhãzinha eu caminhava por entre um punhado de buracos chamado de rua e agora nem me lembro o que eu iria fazer. Só sei que  essa dona estava ainda com as roupas de dormir (uma roupa bem feia mesmo) na frente de uma casa que presumo ser a dela. Numa mão uma vassoura, na outra uma pá de jardim e na boca um palavrório não muito recomendado para ouvidos infantis e acanhados. Ela estava muito nervosa, juntando novamente o lixo que os cachorros na noite anterior haviam esparramado. Nervosa, xingava o prefeito e a mãe dele. 
_ Um dia ainda jogo tudo isso lá dentro daquela xxxxxx(prefeitura). 
Comecei a rir. Ela percebeu e parece que o meu riso a animou mais ainda. E regado com muitos, mas muitos palavrões ela foi discorrendo:
_ Imagina, moço, toda manhã essa é agora minha sina. Toda manhã tenho que juntar essa nojeira e colocar tudinho de novo na banca porque o raio do prefeito não faz nada. Aquilo é um xxxxxxxxxxxx(censurado). Mas um dia eu rodo a baiana e aí eles vão sentir o cheiro da imundícia deles. Você, moço, já foi naquela xxxxxxxx(censured)? Já foi, moço?
_ À prefeitura, já fui sim, senhora...
_ Pois é, você viu como aquilo parece uma igreja? Viu? Pra onde você olha lá dentro tem um crente. Quem chega da primeira vez num sabe se está entrando numa prefeitura ou numa igreja... Num é mesmo?
Fiquei calado. E ela mandou um punhado de palavrões, recolhendo a sujeira do chão.
_ A gente tira essa imundícia do chão, mas num resolve nada, O catingão tá aí. Tá sentindo tá moço.
Fui escapando devagarzinho. E ela continuou rapando o chão com a pá e seu falatório.

O cão e o lixo
Para os cães que retiram do lixo o seu sustento, a coisa também não anda bem. Apesar da fartura dessas matérias em nossas avenidas e ruas. Talvez você esteja até pensando:"Ué, agora é que eles estão por cima da carne seca!" Mas o negócio não é bem assim. Numa dessas noites abafadas de Buritis eu vinha por uma valeta, que aqui agora chamamos de rua e, quando prestei tento, tive pena, tive dó. Um pobre vira-lata, alheio à situação de abandono em que se encontra nosso município, foi fuçar todo animadinho uns entulhos sobre uma banca. Coitadinho, tomou o maior susto de sua curta vida canina, pois aquele monte de sacolas, caldo, papelão, latas, garrafas desmoronou tudo sobre o bichinho, que aprontou um escândalo que não era nem latidos e nem ganidos.
Vamos, mal, senhores, nossa cidade vai mal. Talvez essa podridão reflete a situação política da administração que se abateu nesses últimos tempos sobre nós. 





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